sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Explicando o significado da Coroa de Advento

Simbolismo do Advento
A Igreja Cristã inicia domingo (29) seu Ano Novo. É o 1º Domingo de Advento. Conforme antigo costume, os quatro domingos do Advento são representados por uma coroa de Advento com quatro velas (vermelhas ou azuis).EXPLICANDO O SIGNIFICADO DA COROA DE ADVENTO:
1. Para comemorar o período de Advento, nós fazemos uma Coroa de Advento. É uma forma de expressar alegria pela vinda de Cristo.
2. O Círculo da Coroa simboliza tanto a Eternidade como a aliança de Deus com a humanidade, através de Cristo.
1. A fita vermelha simboliza o amor de Deus que nos enlaça.
2. Os ramos verdes simbolizam a esperança cristã na vida eterna.
1. As quatro velas, que vão sendo acesas uma a uma, a cada Domingo de Advento, simbolizam a alegria da aproximação de Cristo – a LUZ DO MUNDO – que veio no Natal – que vem diariamente pela Palavra e Sacramentos e que virá no dia derradeiro.
2. A vela branca no centro da Coroa representa a Cristo – que finalmente chegou a nós. É chamada “A Vela do Natal”, ou “Vela de Cristo”, pois só é acesa no Natal e em todos os cultos após o Natal – até a Epifania.
1. A LIÇÃO DAS VELAS: - Para gerar luz e calor, a vela se consome. Nisso representa a Cristo que consumiu-se ao dar sua vida para o resgate de todos nós! – Exemplo vivo de como o povo de Deus, para irradiar a luz e o calor da fé e do amor cristão, precisa estar disposto ao sacrifício pessoal.
1º Domingo no Advento: Acende-se a 1ª Vela: A Vela da Profecia, que nos lembra a esperança dos antigos, que profetizavam a vinda do Messias, o Salvador prometido por Deus desde os primórdios do mundo.
2º Domingo no Advento: Acende-se a 2ª Vela: a Vela de Belém, que nos lembra a viagem que José e a Virgem Maria fizeram até Belém. Viagem necessária em preparação para o grande evento daquele primeiro Natal. É da maior importância que os nossos corações se atenham a admoestação de João Batista, de arrependimento, por causa da presença do Reino de Deus entre nós, em preparação a vinda do Senhor.
3º Domingo no Advento: Acende-se a 3ª Vela: a Vela dos Pastores. Aproxima-se a Festa da Vinda do Salvador. - Neste Domingo lembramos aqueles humildes pastores nas campinas de Belém. Ao acendermos esta vela queira Deus estejamos nós preparados para receber o Menino Jesus, como os pastores o estavam, ao dizerem uns aos outros, depois que o anjo se ausentou: “Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer!”
4º Domingo no Advento: Acende-se a 4ª Vela: a Vela dos Anjos. Os anjos de Deus desempenharam papel importante no Advento de Jesus, sempre proclamaram as boas novas da salvação. E no dia derradeiro quando vier o Filho do Homem na sua majestade, todos os anjos virão com ele (Mt 25.31). Este é o Advento final, que aguardamos como todos aqueles que exultaram no primeiro Advento do Salvador.
Dia de Natal: Acende-se a Vela Branca que é o símbolo da pureza de Cristo. As quatro velas de Advento nos lembraram a cada domingo que passou, que Jesus estava chegando. Aleluia! Jesus chegou. “Amém. Vem Senhor Jesus” “A graça do Senhor Jesus seja com todos”. Ap 22.20,21.
"O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz" (Is 9.2).

Viver um Advento Cristão

O Tempo do Advento começa nos últimos dias de Novembro ou nos primeiros dias de Dezembro. Porque antecede o Natal e o fim do ano civil, é um período muito importante para a manifestação dos mais nobres sentimentos da pessoa humana. Que o digam as inumeráveis festas de carácter social que nele acontecem, conhecidas pelo nome de “natais”: natal dos hospitais, natal da TV, natal dos trabalhadores da empresa X.
Mas a visão cristã do Advento vai mais longe. Ela parte da actividade profética, nomeadamente por parte de João Baptista, e dela deduz que o Advento tem, como finalidade, preparar as comunidades para uma celebração cristã do Natal e lembrar também que a última vinda do Senhor está agora mais próxima do que no momento em que abraçámos a fé. A visão cristã do Advento faz de Deus e não do homem a medida de todas as coisas. Trata-se duma maneira de olhar as coisas e o mundo que contrasta com a visão que a cultura, a política e o social têm dessas mesmas realidades, e que é incómoda. Por isso, a liturgia do Advento deveria interpelar fortemente os que a frequentam, apontando-lhes como objectivo final a última vinda de Cristo, e como metas intermédias as celebrações do Natal e as manifestações de solidariedade humana, a viver em jubilosa esperança.
Deveria também, fazer ressaltar, através da atitude humanamente acolhedora e fraterna dos ministros, a inigualável humanidade de Deus que se compadece de todas as fraquezas dos homens, e cujo perdão é imen­samente maior do que os pecados de todos os homens de todos os tempos.
Os cristãos, por seu lado, na sua vida quotidiana, deveriam estar atentos às tentativas do poder económico que pretende transformar o Advento num período de louco consumismo, verdadeiro atentado à dignidade de todos os homens que Cristo veio salvar, e à igualdade e fraternidade que o Natal proclama. O comportamento de cada cristão deveria estar de acordo, não com os modelos culturais que os meios de comunicação criam e impõem, mas com as lições que se aprendem ao ler as páginas do Evangelho que narram o nascimento de Cristo, ou ao contemplar a simplicidade e pobreza do primeiro presépio: uma gruta, uma manjedoira, um Menino, que sendo rico Se fez pobre para ensinar aos homens a mais bela das lições: Felizes os que têm um coração de pobre, porque deles é o reino dos céus.
Onde estão os mestres que queiram dizer isto com palavras e com a vida? Os discípulos não tardariam em ser multidão.
É que o Advento nasceu para introduzir os fiéis no mistério da Encarnação, mistério que faz nascer Deus para o homem e conduz o homem para Deus.
José de Leão Cordeiro, Boletim de Pastoral Litúrgica, n.º 60 – 1990